domingo, 11 de maio de 2014



Quantas e quantas vezes na vida a gente não se sente perdido... Tentando encontrar explicação para cada alegria que chega de repente, para cada dor que sentimos sem saber se merecemos.
A um amigo que te trata diferente sem explicação nenhuma, a um amor que tu perde sem que esteja preparada, a uma novidade boa que chega e te pega de surpresa, mas que de tão boa não te agrada... Tem aquela história da gente ser ingrato às coisas de Deus, de não dar valor quem ele tira e de quem ele trás, é que nós temos um defeitinho de só ver o quanto as coisas são boas quando elas acabam ou vão embora.
Sei lá, teria tanta coisa pra dizer, coisa íntima demais, que ocupa muito espaço dentro de mim, mas no momento eu prefiro lamentar as perdas, perda de esperança, perda de fé, perda de coragem, perda de felicidade para acreditar e enfrentar as coisas. De alguma forma muita coisa tem que ir para que outras venham, mas que o que for pra ir, vá devagar, em silêncio que é pra não machucar o coração todinho. E quanto a saudade... Ah... Enquanto eu viver ela habitará dentro de mim, sou feita de saudades, mais do que de outra coisa.
Deus que me perdoe por eu chorar as vezes, mas é que até achando tudo muito lindo eu choro, é um manifesto de que nem o belo cabe em mim e sai por meus olhos. Sou assim, fazer o quê, pena que nem todo mundo me entende, mas que me aceite então, um poço de delicadeza misturado a um vulcão quente e instável.
Mas de tudo, ainda prefiro ser honesta, com os outros é claro, mas comigo especialmente, e sei que é hora de dar adeus a muitas coisas.